Forno Elétrico para Fundir Aluminio, Chumbo, etc;


A seguir, mostro como montei o SEGUNDO forno elétrico para derreter alumínio em casa (em 27/03/2011).
Mostrando como é fácil derreter aluminio em casa.
Ele possui algumas melhorias em relação ao primeiro protótipo, tais como:

Cadinho em aço de maior espessura, que segura mais calor e é menos provável que fure, como aconteceu com o anterior depois de algumas vezes ter excedido a temperatura ideal, havia sido feito em lata de achocolatado que é bem fina.
Forno feito em vaso de cerâmica - O anterior era em lata de tinta, e aquecia muito no lado externo.
Refratário feito de tijolos e massa refratária - O anterior era em argila.
Diminuição do espaço de ar entre cadinho / resistencia / forno.

A vantagem de derreter em forno elétrico é a limpesa, maior aproveitamento do metal devido a menor oxidação, regulagem de temperatura muito fácil, entre muitas outras vantagens.

O painél elétrico é o mesmo do projeto anterior, com um dimmer para controlar a pontência entregue a resistência e portanto a temperatura.
Possui controle de temperatura para o forno se desligar, caso a temperatura do painel fique muito alta.
E um amperímetro, que consegui em uma sucata, para ter um controle visual da potência.

O painel é o mesmo do primeiro protótipo, pois neste, a potência do forno inclusive é menor.

O projeto do dimmer e do controle de temperatura estão disponíveis aqui neste site, na área de eletrônica. Ou em links nesta página.
Mas, para este projeto, fiz tudo em uma mesma placa.

O diagrama do controle do forno é mostrado a seguir:
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Fiz o controle de temperatura transistorizado e na placa mostrada a seguir coloquei uma trilha que pode ser modificada, que na verdade muda o modo como o controle de temperatura funciona. Fiz do modo em que se o NTC esquentar, o relé se desarma. Isso é apenas para que se possa escolher se vai se trabalhar com os contatos NA ou NF do relé, então fiz uma coisa que eu possa mudar no futuro caso ache interessante de alguma maneira ou mudança de projeto.





A placa de circuito impresso ficou assim:
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A foto a seguir mostra o controle do forno já montado e funcionando neste novo forno. 
O LED Verde que indica que está ligado, e o LED Vermelho que indica o desarme por alta temperatura no painel.
Adicionalmente, pode-se colocar uma proteção para que haja desarme devido a fuga de metal pelo cadinho, para indicar que o cadinho furou.
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As fotos a seguir mostram como construi o forno, é bom comparar com o primeiro protótipo para verificar a evolução e as grandes diferenças.

Fiz da seguinte maneira:
Comprei um vaso em uma floricultura, a referência do vaso é "Vaso Nº 7", não sei como funciona o sistema de numeração, escolhi devido ao tamanho.

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Aqui, o fundo do vaso:
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Depois, com tijolos refratários comprados em loja de telhas/tijolos/lareiras, etc;
Quebrei os tijolos para poder seguir melhor a circunferência do vaso, e na foto a seguir eles estão dispostos apenas para ver como ficaria.
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Fiz a massa refratária, conforme instruções contidas na embalgem, 20% de cimento e 80% de barro refratário.
Então ele ficou assim:
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Depois, coloquei o novo cadinho, que fiz em chapa de aço, que peguei de sucata. Soldei o fundo e 2 hastes para facilitar a retirada e vazamento.
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Depois, fiz os furos para as saidas da resistência:
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Depois com o cadinho posicionado no forno, já com a resistência, fechei com massa refratária a abertura que havia entre o cadinho e o
refratário do forno, para evitar perder temperatura interna para o ambiente, em uma tentativa de manter o máximo de calor dentro do forno.
Também preenchi com massa refratária os espaços entre a resistência e o refratário do forno, para deixar pouco espaço de ar entre o cadinho e o refratário.
Levei 1 dia para fazer, e deixei curar por 1 dia.



Então, liguei para verificar o funcionamento:
Algumas rachaduras normais e a resistência totalmente incandescente. Algumas partes do refratário se desprenderam, mas não é nenhum problema também, são pedaços e pontas que ficaram com acabamento ruim, pois não tenho prática com esse tipo de massa.
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Ficaram duas espiras para aquecimento do fundo e três espiras para o aquecimento das paredes do cadinho.

Aqui está o cadinho dentro do forno, o forno ligado e em cima uma tampa provisória (apenas 2 tijolos refratários) para segurar o calor dentro.
É a primeira vez que foi ligado. Essa tampa precisa ser melhorada.
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Depois de algum tempo, esta é a temperatura do lado externo do forno.
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E aqui, a temperatura na "tampa"do forno, aqui, deve ser mudada a tampa por uma mais eficiente, que resulte em melhor refratariedade:
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Este termometro infelizmente só mede até 550C, mas mesmo assim, dentro do forno estava a esta temperatura:
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Obviamente, esta temperatura não é confiável por estar acima da escala do aparelho.

Depois de um tempo, a sucata ali dentro estava assim:
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Esperei mais um pouco, e dentro do forno estava assim:
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No fundo há umas 200g de alumínio que tinha deixado no fundo desde o inicio, proveniente de sucata de grampos de telhas.
Infelizmente, por falta de matéria-prima, não pude abastecer o forno, para ver até quanto é possível derreter.
Mas assim que eu tiver este dado, postarei aqui.

Em 30/03/2011, foi derretido 2Kg de Aluminio!





Antes de utilizar o forno que você montar, visite a página com dicas de segurança, produção, aproveitamento, etc; clicando AQUI.


Em relação ao primeiro forno:
O primeiro era um pouco mais econômico, apesar de este ter uma resistência de menor potência, o tempo de fusão é maior principalmente devido a espessura do cadinho.
Então...

Para fazer apenas uma fusão e desligar o forno, o primeiro protótipo era mais econômico, apesar de ter um forno muito rudimentar e um cadinho pouco confiável,
Para fazer várias fusões durante o dia, este é mais econômico, possui cadinho que mantém melhor a temperatura, o forno é melhor revestido e também aproveita melhor o calor, seu aquecimento é de menor potência, de 1650W, enquanto o outro era de 2050W.
Tem como vantagem também, a maior dificuldade em se obter um superaquecimento excessivo, devido ao tempo de fusão pouco maior.

Lembrando que este cadinho é de aço e portanto pode contaminar o alumínio com Fe, podendo deixar o alumínio quebradiço.
Pode-se usar um cadinho de grafite, ou revestir este cadinho com algum material.

O alumínio ainda deve passar por desgaseificação antes de ser vazado para evitar bolhas de gás que podem fragilizar a peça,
Estes fatores não serão abordados aqui pois somente estou tratando do equipamento de fusão.


Existem outras melhorias para este projeto, mas agora,
Caso tenha interesse em algo de maior tecnologia, visite o projeto em andamento do FORNO A INDUÇÃO!!!




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